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Margareth Menezes

It's from the representativity of an urban musical making and ancestral afro-brazilians roots that are maken the 34 years of Margareth Menezes career.

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É a representatividade de um fazer musical urbano e ancestral baseado nas raízes afro-brasileiras que compõem os 34 anos de carreira de Margareth Menezes. Uma das vozes mais potentes da música nacional, a cantora e compositora vive um novo momento da sua trajetória artística com marcos importantes: foi indicada pela quarta vez ao Grammy Awards, a maior premiação da música mundial. atuou como protagonista numa série orientada para a população negra; foi nomeada Embaixadora do Folclore e da Cultura Popular do Brasil pela IOV/Unesco.

O seu mais recente álbum, “Autêntica”, lançado em 2019, já anunciava um prelúdio de inéditos. Produzido onze anos após o seu último álbum de estúdio, o trabalho é uma celebração às mulheres e aos questionamentos sobre a negritude, além de uma ode à faceta de compositora de Margareth. São 13 canções, entre autoras e compositoras parceiras, que permeiam a feminilidade e conceitos relacionados. Produzido por Tito Oliveira e gravado em quatro cidades do mundo – Salvador, São Paulo, Nova York e Paris – o álbum foi indicado ao Grammy Latino 2020 na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa.

Esta é a quarta indicação da artista ao prémio, sendo a segunda ao Grammy Latino. A primeira foi em 2006, com “Pra Você”, nomeado na categoria de Melhor Álbum de Música Pop Brasileira. Foi também nomeada duas vezes para um Grammy, com “Kindala”, em 1993, e “Brasileira ao Vivo”: Um Tributo ao Samba-Reggae”, em 2007, este em duas categorias: Melhor Álbum de World Music Brasileira e Melhor Álbum de Música Regional Brasileira. Entre os prémios mais recentes estão o Life Achievement Award do Brazilian International Press Awards, recebido em 2017 pela sua contribuição na música, e, em 2019, a atribuição do Proclamation Award, entregue pela Câmara Municipal de New Jersey, ambos atribuidos nos Estados Unidos.

Em constante amadurecimento artístico, Margareth Menezes afirma e dá voz ao afro-urbano brasileiro e é considerada a principal representante do afropop brasileiro, o conceito que conduz a sua carreira. Em mais de três décadas de trabalho, foram lançados 17 trabalhos, entre LPs, CDs e DVDs, e 23 tours internacionais por todos os continentes do mundo. Uma das artistas brasileiras mais ouvidas internacionalmente, o seu trabalho transpira a ancestralidade afro ao mesmo tempo em que se conecta a um vasto e moderno universo de possibilidades rítmicas.

Atualmente, trabalha no show Afropop, com sucessos que a consagraram como a principal representante do género no Brasil e que traz músicas que sucessos como “Faraó”, “Dandalunda”, “Elegibô”, “Toté de Maianga”, “Alegria da Cidade” e as novas “Canto da Massa” e “Tote de Maianga”. Além disso, explora outras vertentes que sempre foram constantes e paralelas em sua carreira nos shows: Autêntica, com músicas do novo álbum, Para Gil e Caetano, um resgate do DVD gravado em homenagem aos dois grandes artistas baianos, Rebeldia Nordestina, que reúne músicas de gerações de compositores do Nordeste.

Além da música

Uma nova experiência surgiu em 2020, quando, em meio à pandemia, Margareth Menezes foi convidada para protagonizar uma série. A convite da plataforma Wolo TV, a primeira plataforma do Brasil com dirigido à população negra, Margareth é a protagonista da série “Casa da Vó”. No papel de Teresa, a artista dá vida a uma ex-funcionária pública bem-sucedida que vive no tradicional bairro paulista Abaquara e abriga os quatro netos que se mudam das suas cidades para tentar a vida em São Paulo. A minissérie tem como objetivo trazer representatividade de atores e atrizes negros na TV e traz cinco episódios com duração de 30 minutos cada.

No mesmo ano, Margareth Menezes foi nomeada pela IOV/Unesco como embaixadora do Folclore e da Cultura Popular do Brasil, passando a representar todos os temas relacionados com essas questões. A artista mantém uma forte atuação no campo social, especialmente junto a crianças, jovens e pequenos empreendedores da economia criativa de Salvador. Desde 2004 preside a Associação Fábrica Cultural, uma entidade privada sem fins lucrativos, fundada na terra natal da artista – a Península de Itapagipe – que atua nos eixos de Educação, Cultura e Sustentabilidade.

Um de seus projetos mais representativos, o Mercado Iaô, tornou-se uma grande referência cultural da capital soteropolitana, reunindo diversas formas de arte: música, artesanato, poesia, dança, teatro, gastronomia, moda, com oficinas, palestras e apresentações. Fundado em 2014, o espaço foi palco de grandes concertos e espetáculos teatrais, e recebeu uma média de 5 mil pessoas a cada domingo de atividade, com cerca de 300 artesãos, que trabalham de forma sustentável, expondo e vendendo os seus trabalhos. O público lotou o centro cultural mais uma vez para ver Margareth no show de lançamento do álbum Autêntica, em 2019.

Em 2023, tornou-se Ministra da Cultura do Brasil no governo Lula.